Indicadores do mercado de trabalho referentes à semana de 2 a 8 de agosto
Por Maria Andreia Parente Lameiras, Marco Antônio F. de H. Cavalcanti e Lauro Ramos
Os indicadores do mercado de trabalho referentes à semana de 2 a 8 de agosto da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – 13a semana da pesquisa –, apresentaram uma relativa estabilidade em comparação com as semanas anteriores.
O mercado de trabalho continuou a caracterizar-se por baixos níveis de ocupação e participação na força de trabalho e elevada taxa de desocupação, resultantes do significativo choque adverso causado pela pandemia de SARS-CoV-2.
É certo que os efeitos diretos da pandemia sobre o mercado de trabalho continuam a arrefecer gradualmente, conforme sinalizado, até certo ponto, pela tendência de diminuição do número de pessoas afastadas do trabalho devido ao distanciamento social e pela redução, na margem, do contingente de pessoas fora da força de trabalho que gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego por conta da pandemia.
Contudo, mesmo que a evolução da Covid-19 permita a continuidade do processo de retorno gradual a algum tipo de normalidade no funcionamento das atividades econômicas no Brasil, os efeitos adversos da crise no mercado de trabalho tendem a persistir durante algum tempo.
Em particular, é razoável imaginar que, nos próximos meses, a taxa de desocupação se mantenha em um patamar elevado, podendo até vir a oscilar para cima, pressionada pelo movimento de retorno à força de trabalho de uma parcela de trabalhadores que, amparada pelo recebimento do auxílio emergencial, deixou de procurar emprego por conta da crise e do distanciamento social.
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Fonte: IPEA